A escolha do nome da ponte sobre o Rio Madeira, uma decisão que você pode contribuir

Franco Montoro antes de ser governador de São Paulo, foi um parlamentar atuante. Em toda sua longa vida parlamentar, sua ação política, predominantemente, esteve voltada para à questão da integração Latino-Americana.

Sua ação parlamentar voltada para a integração Latino-americana era explicável. Foi um dos líderes na Região do Subcontinente,  da Democracia Cristã. E foi a Democracia Cristã que lutou, na Europa, pela integração do velho continente. Seu objetivo era copiar o modelo Europeu.

Em um dos seus inúmeros discursos no Parlamento Brasileiro afirmou: “Para a América Latina não há outra solução; é integração ou atraso”. É o autor do parágrafo único, do artigo 4º da Constituição Federal em que nos comprometemos com a integração Latino Americana. 

Oportuno o conhecimento (até por uma questão pedagógica), do texto constitucional: “A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando  à formação de uma comunidade latino-americana de nações”.

À questão da integração  latino-americana não é nova. Remonta à luta de independência da própria América Latina, sob a liderança de Símon Bolívar. O libertador sonhava com uma grande pátria, devidamente integrada. Não teve o sucesso que sonhara.

A luta pela integração do Subcontinente  (América do Sul), não poderia ocorrer sem que o Brasil fizesse sua integração interna primeiro. Para tanto, evidentemente, teria que haver a ocupação da Amazônia.

Antes mesmo que, na década de 70  o governo militar iniciasse a ocupação da Amazônia, mirando-se na politica de Getúlio Vargas da expansão para o Oeste, dizia José Américo de Almeida: “É um absurdo analisar os problemas do Brasil sem colocar o da Amazônia no primeiro plano, por seu vulto e sua repercussão no futuro”.

No governo militar, o esforço para ocupar a Amazônia foi enorme e eficaz. Graças ao esforço do governo militar, hoje a Amazônia está ocupada por mais de 27 (vinte e sete) milhões de pessoas, que precisam viver com dignidade, demandando o processo civilizatório da integração, que, no Governo Bolsonaro, está em marcha.

Fernando Henrique Cardoso e Geraldo Müller, constatou e atestou o esforço do governo militar para a ocupação da Amazônia pelos militares: “Ao lado da política de colonização, dos incentivos fiscais e dos possíveis projetos industriais (especialmente de exploração mineral), o outro grande instrumento de que o governo dispôs na Amazônia foi a política rodoviária: …em termos de penetração na selva amazônica, a política rodoviária posta em prática terá sido o maior esforço já feito até hoje para penetrar, por terra, na selva”.

O processo interno de integração interna do Brasil, por terra, deu-se quando Juscelino Kubitschek, decidiu construir a BR 29, posteriormente renumerada para BR 364, que liga Brasília a Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre, seguindo uma sugestão do ex-governador de Rondônia, Coronel Paulo Nunes Leal.

Paulo Nunes Leal, ex-governador do antigo Território de Rondônia, em 1958, numa reunião de governadores do Norte com o presidente Juscelino Kubitschek, fez o desafio: “Presidente porque o senhor não constrói o outro braço da cruz, ligando Brasília ao Acre”. Indagou Paulo Nunes Leal. Juscelino topou o desafio!

Pois bem. Paulo Nunes Leal deu sua contribuição, importantíssima, para a ocupação da Amazônia, consequentemente para a integração interna do Brasil. Foi governador do Território de Rondônia e o idealizador da construção da Br 364, que permitiu a intensificação da ocupação do Acre e Rondônia.

A ponte sobre o Rio Madeira, que será inaugurada pelo presidente Jair Bolsonaro no próximo dia 18 de março, e que está no território de Rondônia, merecidamente, poderia ostentar o nome de Paulo. Uma justa homenagem a quem teve a ideia da construção da estrada em que está a bela e utilíssima ponte a ser inaugurada pelo Presidente Bolsonaro.

Porém, não podemos esquecer um outro nome: Governador Francisco Wanderley Dantas. Dantas foi governador do Acre de 1971-1974. Em todos os discursos do saudoso governador, percebe-se a preocupação com a integração da Amazônia. Repete em seus discursos o lema do governo militar: “Amazônia: integrar para não entregar”.

Dantas não só se preocupou em ocupar a Amazônia, atraindo o agronegócio para o Estado. Era seu sonho integrar o Brasil com os países vizinhos ao Acre. Seu lema de governo: “Produzir no Acre, investir no Acre e Exportar pelo Oceano Pacífico”. Nessa toada, construiu e asfaltou a estrada de Rio Branco a Capixaba.

A inauguração da Ponte Sobre o Rio Madeira no próximo dia 18 de março pelo Presidente, é a continuidade da obra de integração sonhada por Dantas. Em outras palavras. O presidente Jair Bolsonaro deu continuidade a obra do Governador Francisco Wanderley Dantas.

Se a Ponte sobre o Rio Madeira ostentar o nome do saudoso governador, o Presidente Jair Bolsonaro estará homenageando  o Senador Márcio Bittar, um entusiasta da integração rodoviária Latino-americana que se completa com a inauguração da Ponte, ao mesmo tempo, ao povo acreano, que muito deve ao  Estadista Francisco Wanderley Dantas.  

Assinam esse Artigo Valdir Perazzo; Rodrigo Pires e Senador Márcio Bittar

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